Dentre as florestas plantadas que abastecem a indústria madeireira nacional, as do gênero
Eucalyptus
estão entre as mais importantes. Essa importância é atribuída à velocidade de desenvolvimento de suas árvores, facilidade de implantação em grandes maciços e versatilidade de aplicação de sua madeira. A criação de híbridos e clones é uma realidade na silvicultura nacional, na qual o melhoramento genético busca sobretudo maiores incrementos volumétricos e resistência a condições extremas de implantação, tais como ataques de pragas, secas, geadas e baixa fertilidade do solo. A densidade básica é uma das propriedades físicas mais importantes da madeira por se relacionar diretamente com outras propriedades da madeira, inclusive a anisotropia de contração. Assim, tais propriedades da madeira norteiam a utilização racional de uma espécie em um determinado produto. O objetivo deste trabalho foi determinar a densidade básica e a anisotropia de contração da madeira de cinco clones das espécies
Eucalyptus saligna
,
Eucalyptus grandis
e
Eucalyptus dunnii
. O clone 5 de
Eucalyptus saligna obteve a maior densidade básica (0,56 g/cm³) e foi o mais instável dimensionalmente. Dentre todas as espécies, observou-se relação direta entre densidade básica e contração volumétrica máxima e entre densidade básica e coeficiente de retratibilidade volumétrico máximo somente para o clone 5 de
Eucalyptus saligna. Considerando-se como critério a contração volumétrica máxima, o clone 3 foi o mais estável dimensionalmente. Para o
Eucalyptus grandis, os clones 2 e 3 obtiveram, respectivamente, a menor e maior densidade básica, com 0,40 e 0,49 g/cm
3. Não foi possível distinguir dentre os clones 1, 3 e 4 qual foi o mais estável dimensionalmente e, considerando-se como critério o coeficiente de retratibilidade volumétrico máximo, o clone 5 foi o mais instável dimensionalmente. Para as espécies
Eucalyptus saligna e
Eucalyptus dunnii não foi possível concluir qual clone obteve a menor densidade básica. O clone 3 de
Eucalyptus dunnii obteve a maior densidade básica (0,65 g/cm
3) e, considerando-se como critério o coeficiente de retratibilidade volumétrico máximo, foi o clone mais instável dimensionalmente. Considerando-se a contração volumétrica máxima, o clone 1 foi o mais estável dimensionalmente. O
Eucalyptus grandis foi a espécie de menor densidade e maior estabilidade dimensional, enquanto o
Eucalyptus dunnii foi a espécie de maior densidade e maior instabilidade dimensional.