Estudos recentes dão ênfase às florestas nativas pela sua importância no contexto de produção de madeira,
frutos e na conservação ambiental. Um dos pontos importantes, ainda a ser estudado, é a nutrição das
espécies utilizadas nestes reflorestamentos. O objetivo deste trabalho foi estudar as exigências nutricionais
de jacarand
á-da-bahia (
Dalbergia nigra
(Vell.) Allemão ex Benth.) em relação à adubação com pot
ássio e
enxofre, na fase de produção de mudas. Para isso, foi conduzido um experimento no viveiro de pesquisas do
Departamento de Engenharia Florestal, da Universidade Federal de Viçosa, utilizando vasos de polietileno
rígido com 2,0 dm
3 de capacidade e como substrato um Latossolo Vermelho-Amarelo
álico. Foi adotado
um esquema fatorial, disposto em delineamento experimental inteiramente casualizado, utilizando-se como
tratamentos cinco doses de pot
ássio (0; 50; 100; 150 e 200 mg dm
-3 de K) combinadas com seis doses de
enxofre (0, 20, 40, 60, 80 e 100 mg dm
-3 de S), as quais foram parceladas em quatro aplicações: 0, 30,
60 e 90 dias após o raleio. Após 157 dias de semeadura, foram colhidos dados da altura, do diâmetro do
coleto, da matéria seca da parte aérea e da raiz, além das relações altura/diâmetro do coleto, altura/massa
seca parte aérea, massa seca parte aérea/massa seca de raiz e o índice de qualidade de Dickson. As mudas
de jacarand
á-da-bahia responderam negativamente à adubação pot
ássica para a maioria das características
avaliadas. Considerando a produção de matéria seca total, recomenda-se a aplicação de 30 mg dm
-3 de S e
30 mg dm
-3 de K para a produção de mudas de jacarand
á-da-bahia.