Paulownia fortunei
é natural da China e destaca-se pelo crescimento acelerado e baixa densidade da
madeira, associada a uma resistência natural ao ataque de agentes xilófagos. Contudo, o baixo poder
germinativo das sementes dessa espécie tem incentivado sua reprodução pela propagação vegetativa. Dessa
forma, este trabalho teve por objetivo avaliar o enraizamento e vigor radicial de estacas provenientes de
brotações epicórmicas de árvores adultas decepadas, coletadas em diferentes estações do ano e submetidas
a diferentes concentrações de ácido indolbutírico (AIB), bem como verificar a existência de possíveis
barreiras anatômicas e histoquímicas à emissão de raízes adventícias. No outono/2011, primavera/2011
e verão/2012 foram confeccionadas estacas semilenhosas com 10-12 cm de comprimento e duas folhas
reduzidas a uma superfície aproximada de 78,5 cm² (10 cm de diâmetro), cujas bases foram imersas por 10
segundos nos tratamentos com 0, 500, 1000, 1500 e 2000 mg
L-1 de AIB. O plantio foi realizado em tubetes
de 110 cm³, preenchidos com vermiculita fina e casca de arroz carbonizada (1:1 em v/v) e acondicionados
em casa de vegetação climatizada. Após 60 dias foram avaliadas a porcentagem de estacas enraizadas,
número e comprimento de raízes/estaca, porcentagem de estacas com calos e mortalidade. Estacas coletadas
de plantas matrizes decepadas no verão apresentaram os melhores resultados para enraizamento (47,5%),
comprimento médio das três maiores raízes/estacas (5,65 cm) e porcentagem de estacas com calos (51,25%).
Faz-se necessário o uso de AIB para o enraizamento de estacas provenientes de brotações epicórmicas de
árvores decepadas de quiri (
Paulownia fortunei var.
mikado), sendo recomendada a concentração de 2000
mg
L-1. Não foram observadas barreiras anatômicas e histoquímicas à emissão de novas raízes.