A indústria brasileira comumente seca diferentes espécies de eucalipto em uma mesma carga de secagem
convencional, seja pela dificuldade de identificação das espécies, híbridos e clones, seja para melhor utilizar
o equipamento. No entanto, essa prática não é recomendada na literatura específica. O objetivo deste estudo
foi verificar a qualidade da secagem convencional conjunta da madeira de
Eucalyptus saligna
,
Eucalyptus grandis
e
Eucalyptus dunnii
oriundas de plantios clonais. Para tal, foi realizada a secagem de três cargas
com as três espécies conjuntamente em uma câmara-piloto de secagem convencional. Os critérios utilizados
para analisar-se a qualidade da secagem foram: umidade final, rachaduras de topo, rachaduras de superfície,
encanoamento, colapso, gradiente de umidade e tensões de secagem.
Eucalyptus grandis apresentou a
melhor qualidade de secagem, seguido pelo
Eucalyptus saligna, e ambas as espécies possuem potencial
para serem secas conjuntamente.
Eucalyptus dunnii apresentou baixa qualidade de secagem, esta espécie
não deve ser seca conjuntamente com
Eucalyptus grandis e
Eucalyptus saligna. A densidade básica e a
retratibilidade foram bons critérios para a expectativa de qualidade da secagem de
Eucalyptus spp., em que
espécies menos densas e mais estáveis dimensionalmente apresentaram melhor qualidade de secagem. O
programa de secagem utilizado deve ser modificado para a secagem futura dessas espécies, notadamente no
tocante aos períodos de uniformização e condicionamento, que foram considerados insuficientes.