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Ciência Florestal
Centro de Pesquisas Florestais - CEPEF, Departamento de Ciências Florestais - DCFL, Programa de Pós Graduação em Engenharia Florestal - PPGEF
ISSN: 0103-9954
EISSN: 0103-9954
Vol. 26, No. 4, 2016, pp. 1141-1153
Bioline Code: cf16099
Full paper language: Portuguese
Document type: Research Article
Document available free of charge

Ciência Florestal, Vol. 26, No. 4, 2016, pp. 1141-1153

 en LEAF LITTER DECOMPOSITION IN NATIVE FOREST, PLANTATION OF Pterogyne nitens AND Eucalyptus urophylla IN SOUTHWESTERN BAHIA
Pinto, Heloísa Cintra Alves; Barreto, Patrícia Anjos Bittencourt; da Gama-Rodrigues, Emanuela Forestieri; de Oliveira, Francisco Garcia R. Barbosa; de Paula, Alessandro & Amaral, Aguiberto Ranulfo

Abstract

The decomposition process regulates the accumulation of litter and nutrient cycling in forest ecosystems, being central to its maintenance. The objective of this study was to evaluate the dynamics of leaf litter decomposition in three forest ecosystems (semideciduous forest Montana and homogeneous stands of Pterogyne nitens Tul. and Eucalyptus urophylla ST Blake), located in Vitória da Conquista, Bahia, Brazil. To evaluate the decomposition, newly fallen leaves on the ground of trees and shrubs in each of the studied toppings were collected. The sheets were dried at 65 °C, and thereafter, 10 g portions were weighed and placed in litter bags, which were randomly distributed on the surface of the forest floor in each of the areas studied. Five litter bags at random were collected after 30, 60, 90, 120, 150 and 180 days of installation. After collection, the material contained in each litter bag was subjected to drying in an oven at 65 °C and weighed. Based on the obtained masses were estimated the percentage of the remaining mass, the rate of decomposition (k) and half-life time of the litter (t1/2). For chemical characterization three subsamples were separated from the dried leaf litter, which were ground and analyzed by determination of the total nitrogen, carbon, polyphenols, lignin and cellulose. The decomposition was related to environmental variables (precipitation, temperature and humidity) and the microenvironment (temperature and soil moisture).The total accumulated litter varied significantly between the settlements studied, the highest value was observed in the area of Eucalyptus urophylla (12,7 Mg ha-1), followed by native forest (6,9 Mg ha-1) and Pterogyne nitens (1,1 Mg ha-1). At the end of the six months of the experiment, Eucalyptus urophylla showed the greatest remaining mass (73,6%), followed by native forest (67,8%) and Pterogyne nitens (46,3%). The decomposition constant (k) was higher in litter of Pterogyne nitens (0,0054 g g-1 day), with lower values for native forest (0,0016 g g-1 day) and Eucalyptus urophylla (0,0015 g g-1day). The rate of decomposition of leaf litter of the peopling of Pterogyne nitens is in a superior position in relation to rates of native forest and stand of Eucalyptus urophylla, which provides the largest species ability to recycle organic matter and nutrients. The decomposition process in the studied ecosystems is influenced not only by the quality of the litter but also by the quality of their microenvironment.

Keywords
vegetable residues; leaf; forest ecosystems; organic matter

 
 pt DECOMPOSIÇÃO DA SERAPILHEIRA FOLIAR DE FLORESTA NATIVA E PLANTIOS DE Pterogyne nitens check for this species in other resources E Eucalyptus urophylla check for this species in other resources NO SUDOESTE DA BAHIA
Pinto, Heloísa Cintra Alves; Barreto, Patrícia Anjos Bittencourt; da Gama-Rodrigues, Emanuela Forestieri; de Oliveira, Francisco Garcia R. Barbosa; de Paula, Alessandro & Amaral, Aguiberto Ranulfo

Resumo

O processo de decomposição regula o acúmulo de serapilheira e a ciclagem de nutrientes em ecossistemas florestais, sendo fundamental para sua manutenção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dinâmica de decomposição foliar em uma Floresta Estacional Semidecidual Montana e em plantios homogêneos de Pterogyne nitens check for this species in other resources Tul. e de Eucalyptus urophylla check for this species in other resources S. T. Blake, localizados no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Para avaliação da decomposição, folhas recém-caídas foram coletadas, secas em estufa a 65oC, pesadas e colocadas em litter bags, que foram distribuídos aleatoriamente na superfície do piso florestal de cada uma das áreas estudadas. Realizaram-se coletas de cinco litter bags de forma aleatória após 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias da instalação. Com base nas massas obtidas, foram estimados o percentual de massa remanescente, as taxas de decomposição (k) e o tempo de meia-vida do folhedo (t1/2). Para caracterização química, foram separadas três subamostras do material foliar seco, que foram moídas e analisadas, determinando-se os teores de nitrogênio total, carbono, polifenóis, lignina e celulose. Os dados de decomposição foram relacionados com variáveis ambientais (precipitação, temperatura e umidade do ar) e microambientais (temperatura e umidade do solo) referentes ao mês de coleta. O acúmulo total de serapilheira variou entre as áreas estudadas, o maior valor foi observado no plantio de Eucalyptus urophylla (12,7 Mg ha-1), seguido pela floresta nativa (6,9 Mg ha-1) e plantio de Pterogyne nitens (1,1 Mg ha-1). Ao final dos seis meses de avaliação, o Eucalyptus urophylla apresentou a maior massa remanescente (73,6%), seguido da floresta nativa (67,8%) e Pterogyne nitens (46,3%). A constante de decomposição (k) foi maior para a Pterogyne nitens (0,0054 g g-1dia), com menores valores para floresta nativa (0,0016 g g-1dia) e Eucalyptus urophylla (0,0015 g g-1dia). A taxa de decomposição da serapilheira foliar do povoamento de Pterogyne nitens situa-se em uma posição superior em relação às taxas da floresta nativa e do povoamento de Eucalyptus urophylla, o que proporciona à espécie maior capacidade de reciclar matéria orgânica e nutrientes. O processo de decomposição nos ecossistemas estudados foi influenciado não apenas pela qualidade do folhedo, mas também pela qualidade do seu microambiente.

Palavras-chave
resíduos vegetais; ecossistemas florestais; matéria orgânica

 
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