A associação de fungos ectomicorrízicos com essências florestais nativas pode ser uma alternativa
para revegetação de solos contaminados por metais pesados. O objetivo do trabalho foi determinar o
comportamento de mudas de canafístula inoculadas com fungo ectomicorrízico em solo contaminado por
cobre. O fungo ectomicorrízico utilizado foi o
Pisolithus microcarpus
UFSC Pt116, produzido em substrato
composto por turfa-vermiculita (3:1). As mudas de canafístula foram desenvolvidas em areia lavada e
transplantada para unidades experimentais quando apresentaram duas folhas definitivas. Como unidade
experimental foi utilizado vaso com capacidade de 1 L contendo 1 kg de solo. A inoculação foi realizada no
momento do transplante das mudas, sendo adicionado 2 g de inoculante por unidade experimental. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado, num esquema bifatorial (2 x 4) qualitativo em A,
com e sem inoculante do fungo, e quantitativo em D, sendo o controle, adição de 150 mg kg
-1, 300 mg kg
-1 e
450 mg kg
-1 de cobre (CuSO
4), com sete repetições. Determinou-se altura de planta, diâmetro do colo, massa
seca da parte aérea, teor de cobre na planta, porcentagem de colonização micorrízica, área superficial
específica radicular e comprimento radicular. O incremento das doses de cobre no solo reduziu o
comprimento radicular, área superficial específica radicular, altura e diâmetro das plantas de canafístula. As
mudas de canafístula inoculadas com fungo ectomicorrízico apresentam menor teor de cobre em seu tecido e
reduzem a absorção de cobre na dose mais elevada.