Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do desbaste no comprimento das fibras da madeira de
Eucalyptus grandis
aos 18 anos de idade. Para tanto, foi analisado um experimento situado próximo ao litoral
do Rio Grande do Sul, instalado em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos
foram definidos devido ao número de desbastes aplicados e variaram de zero até seis intervenções. As
árvores foram selecionadas, em cada tratamento, com base no diâmetro dominante de Assmann e no
diâmetro da árvore central, sendo denominadas de árvores dominantes e centrais, respectivamente. Após o
abate, no disco correspondente à região do DAP (diâmetro a altura do peito) foram marcadas e seccionadas
baguetas centrais de onde se confeccionaram fragmentos selecionados em intervalos regulares, no sentido
medula-casca, para maceração. Os resultados indicaram que o desbaste influenciou o comprimento das
fibras das árvores dominantes e centrais, porém, não foi verificada uma tendência sistemática de acréscimo
ou decréscimo dessa estrutura em função do espaço vital utilizado. Independentemente do estrato dominante
ou médio, o comprimento das fibras apresentou um padrão de variação crescente no sentido medula-casca
em todas as intensidades de desbaste analisadas e os menores valores foram observados próximos à medula.