Este trabalho teve como objetivo avaliar a germinação e a capacidade de armazenamento de diásporos
de
Astronium fraxinifolium
. Para o experimento de germinação, utilizaram-se seis tratamentos
pré-germinativos: tratamento controle (diásporos intactos); diásporos imersos em água a temperatura
ambiente (25° C) por 5 min.; diásporos imersos em água a 70° C por 5 min.; diásporos imersos em
água a 100° C por 5 min.; diásporos imersos em solução de hipoclorito de sódio (1:1000) por 2 min.; e
diásporos escarificados mecanicamente, com lixa n° 80. Para determinar a capacidade de armazenamento,
foram testados dois diferentes tipos de embalagem (saco de papel permeável e vidro transparente) e duas
condições ambientais (câmara fria e condições de laboratório). Foram realizados testes de germinação antes do armazenamento (tempo zero) e após 60, 120, 180, 240, 300 e 360 dias de armazenamento. Os
efeitos dos diferentes tratamentos pré-germinativos e das condições de armazenamento na germinação
dos diásporos foram avaliados por meio da ANOVA, seguida do teste de Tukey. Em relação aos tratamentos
pré-germinativos, foram observadas altas taxas de germinação nos tratamentos com imersão em
hipoclorito (98,0 ± 4,22%), controle (97,0 ± 4,83%), imersão em água destilada a temperatura ambiente
(96,0 ± 6,99%) e imersão em água aquecida a 70°C (83,0 ± 29,08%). Dessa forma, os diásporos de
Astronium fraxinifolium não apresentaram dormência. No armazenamento, os diásporos permaneceram
viáveis durante todo o período de estudo, apresentando altas porcentagens de germinação, com exceção
do tratamento em saco de papel acondicionado em câmara fria, que perdeu a viabilidade no oitavo mês de
armazenamento, não sendo, portanto, um método de armazenamento recomendado para esta espécie.