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Ciência Florestal
Centro de Pesquisas Florestais - CEPEF, Departamento de Ciências Florestais - DCFL, Programa de Pós Graduação em Engenharia Florestal - PPGEF
ISSN: 0103-9954 EISSN: 0103-9954
Vol. 25, No. 1, 2015, pp. 77-89
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Bioline Code: cf15008
Full paper language: English
Document type: Research Article
Document available free of charge
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Ciência Florestal, Vol. 25, No. 1, 2015, pp. 77-89
en |
STRUCTURAL VARIATION OF SEASONAL DECIDUOUS FOREST IN SANTA CATARINA STATE AND ITS RELATIONSHIP WITH ALTITUDE AND CLIMATE
de Gasper, André Luís; Uhlmann, Alexandre; Vibrans, Alexander Christian & Sevegnani, Lucia
Abstract
This study aims to identify structural similarities between the remnants of seasonal deciduous forest
(SDF) in Santa Catarina state and check the influence of environmental factors that leads the formation
of these groups. Associated with this primary objective, it was also sought to identify the areas of contact
between this forest type and Araucaria forest (mixed ombrophilous forest – MOF). We analyzed data
from 78 sample units (AU) installed in the remnants of SDF between 2008 and 2009 by professional team
of Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina project (IFFSC). The data were processed through
the Detrended Correspondence Analysis (DCA) and Canonical Correspondence Analysis (CCA), using
a matrix of species density associated with a environmental variables matrix, that consisted of altitude
and climate parameters. The proportion of variance explained by the first three axes of DCA was low,
accounting for approximately 21% of the information contained in the original data set. This result provides
low power of interpretation of the results. However, when DCA was applied to the data of mean density of
species in each river basin, the results pointed to better explanatory eigenvectors (three first eigenvectors
explain 58.1% of total variance). The first ordination axis of DCA grouped the eastern watersheds SUs at
one end, and the western watersheds SUs at the other end of this axis. At the right end of the first axis are
arranged the watersheds of the river Canoas, Pelotas and Peixe, which are characterized by the presence
of species such as Ocotea pulchella
, Zanthoxylum fagara
, Lithrea brasiliensis
,
Matayba elaeagnoides
, Cinnamodendron dinisii
commonly associated with Mixed Ombrophilous Forest (Araucaria forest). At the
left end, the grouped SUs are mainly those of western watersheds, a group that includes the basins of the
Jacutinga, Irani, Chapecó, Antas and Peperi-guaçu rivers. Among the species that most strongly influence
the results in the analysis, we highlight Apuleia leiocarpa
, Rauvolfia sellowii
, Bastardiopsis densiflora
, Chrysophyllum
gonocarpum
, Cordia trichotoma
, Holocalyx balansae
, Myrocarpus frondosus
e Pisonia zapallo, which are common in seasonal forests of the hinterlands of southern Brazil. The analysis through
the ACC pointed to similar results and joint interpretation of environmental data indicated that the basins
located in the east are associated with colder climates where frosts are more frequent as a result of higher
altitudes. As the altitudes tend to decline from east to west and portions, the authors propose the existence
of a transition zone between the two phytoecological regions (MOF and SDF) in the range of 600 m asl,
where occurs the interdigitation of elements from seasonal flora and those of Araucaria forest, resulting in
the delineation of a core area of the SDF below this altitudinal level.
Keywords
multivariate analysis; Atlantic forest; forest ecotones
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VARIAÇÃO DA ESTRUTURA DA FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL NO ESTADO DE SANTA CATARINA E SUA RELAÇÃO COM A ALTITUDE E CLIMA
de Gasper, André Luís; Uhlmann, Alexandre; Vibrans, Alexander Christian & Sevegnani, Lucia
Resumo
O objetivo deste trabalho foi identificar as possíveis similaridades estruturais entre remanescentes da
Floresta Estacional Decidual (FED) em Santa Catarina e associar os grupos à influência de condicionantes
ambientais. Associado a este objetivo primário, também se buscou a identificação das zonas de contato
entre esta tipologia florestal e a Floresta Ombrófila Mista (FOM). Foram analisados os dados de 78 unidades
amostrais (UA) instaladas em remanescentes da FED entre 2008 e 2009 pelo Inventário Florístico Florestal
de Santa Catarina (IFFSC). Os dados foram tratados através da Análise de Correspondência Corrigida
(DCA) e da Análise de Correspondência Canônica (ACC), valendo-se de uma matriz de densidade de
espécies e uma matriz de variáveis ambientais, esta constituída por altitude e parâmetros climáticos. A
proporção da variância explicada pelos três primeiros eixos da DCA foi baixa, somando aproximadamente
21% do total de informação contida no conjunto original de dados. Este resultado ofereceu baixo poder de
interpretação para os resultados. No entanto, quando a DCA foi aplicada sobre os dados de densidade média
das espécies em cada bacia hidrográfica, os resultados apontaram para autovetores muito explicativos do
conjunto (58,1% da variação). Observada somente a ordenação provocada pelo primeiro eixo da DCA, vêse
a disposição das bacias de leste, em um extremo, e das bacias de oeste, no outro extremo deste eixo. Na
extremidade direita do primeiro eixo estão dispostas as bacias do rio Canoas, Pelotas e do Peixe, as quais são
caracterizadas pela presença de espécies como Ocotea pulchella
, Zanthoxylum fagara
, Lithrea brasiliensis
,
Matayba elaeagnoides
, Cinnamodendron dinisii
, comumente associadas com a Floresta Ombrófila Mista.
Na extremidade esquerda estão distribuídas as bacias de oeste, grupo que inclui as bacias dos rios Jacutinga,
Irani, Chapecó, Antas e Peperi-Guaçu. Dentre as espécies que mais fortemente influenciaram os resultados
na análise, cabe destacar Apuleia leiocarpa
, Rauvolfia sellowii
, Bastardiopsis densiflora
, Chrysophyllum
gonocarpum
, Cordia trichotoma
, Holocalyx balansae
, Myrocarpus frondosus
e Pisonia zapallo, as quais são
frequentes em florestas estacionais do interior meridional do Brasil. A análise através da ACC apontou para
resultados similares e a interpretação conjunta dos dados ambientais indicou que as UA situadas nas bacias
de leste estão associadas a climas mais frios, em que as geadas são mais frequentes, como consequência de
altitudes mais elevadas. Considerando que as altitudes tendem a declinar das porções lestes para oeste e,
diante do resultados apresentados, os autores propõem a existência de uma zona de transição entre as duas
regiões fitoecológicas (FOM e FED) na faixa dos 600 m s.n.m., onde ocorre a interdigitação de elementos
da flora estacional e aqueles da Floresta Ombrófila Mista, resultando na delimitação de uma área core da
FED abaixo deste patamar altimétrico.
Palavras-chave
análise multivariada; mata atlântica; ecótonos florestais
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