As diferentes espécies de vime (
Salix
spp.), cultivadas na região do vale do Rio Canoas (Serra Catarinense),
possuem grande aplicação em artesanato. A pesquisa de suas propriedades físicas e mecânicas leva em
consideração o seu processamento e o manuseio para manufatura, sendo relevantes a densidade das espécies,
a flexão dos ramos e a tração de fitas. Neste trabalho são realizadas considerações sobre o emprego da
NBR 7190/1997 com vistas à realização de ensaios físicos e mecânicos em vime, avaliando as adaptações
realizadas nas equações indicadas pelo documento normativo, na preparação dos corpos de prova e também
nos acessórios da máquina de ensaio. Foram reconsiderados aspectos dimensionais das amostras para ensaio
de obtenção da massa específica aparente (umidade de 12%), obtida pelos métodos estereométrico e por
deslocamento de mercúrio. Em virtude das diferenças dimensionais do material utilizado no artesanato, as
análises foram feitas em separado, avaliando-se os ramos para ensaios de flexão e o material transformado
em fitas para os de tração, sendo conduzidos mediante pequenas alterações no cutelo e nas garras. Foram
adaptadas equações para minimizar a influência do momento de inércia da seção transversal, no caso da
flexão. A adaptação da norma NBR 7190/1997 é adequada para a determinação das propriedades do vime,
em função das características específicas do material para uso em artesanato.