O objetivo deste trabalho foi apresentar uma revisão de literatura sobre o setor de preservação de madeiras
no Brasil, desde seu início até o ano de 2011. O Brasil é rico em recursos naturais e a madeira sempre
ocorreu de forma abundante. Com o crescimento industrial, houve a necessidade de utilizar madeiras de
baixa durabilidade natural, mas dependentes de um tratamento preservativo. O tratamento de madeiras
iniciou-se no final do século XIX, para atendimento da demanda de dormentes para as ferrovias. Somente
na década de 1960, o setor de preservação de madeiras ganhou impulso com aumento significativo das
pesquisas científicas, normalização técnica e unidades industriais de preservação de madeira. A partir daí,
poucos avanços foram observados. No ano de 2011, as usinas de preservação utilizam basicamente madeiras
dos gêneros calyptus
e
Pinus
, realizando, principalmente, o tratamento preservativo em usinas sob pressão.
Em pequena escala, utiliza-se o método de substituição de seiva. Os principais preservativos utilizados
são o arseniato de cobre cromatado (CCA) e o borato de cobre cromatado (CCB); o creosoto também é
utilizado, em reduzida escala. A produção de madeira tratada concentra-se, essencialmente, na produção de
moirões de cerca, postes e dormentes. Como tendência, o setor deverá alcançar novos mercados, como o
de construção civil, cruzetas e embalagens, bem como intensificar o consumo dos produtos tradicionais. A
despeito de inúmeras pesquisas sobre vários produtos, o CCA deverá se manter no mercado por vários anos,
pela inexistência de produtos alternativos que apresentem a mesma eficácia, bem como à inexistência de
provas que o produto apresente efeitos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente.