A espécie
Cryptostegia madagascariensis
Bojer ex Decne. foi introduzida no Brasil com fins ornamentais,
mas, atualmente, é uma invasora do bioma Caatinga. Apesar de sua elevada capacidade de ocupação de
áreas alteradas do referido bioma, há carência de informações sobre esta espécie, particularmente em
relação à capacidade de suas sementes germinarem em condições adversas. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a germinação de sementes e o crescimento inicial de plântulas de
Cryptostegia madagascariensis em
função da salinidade em diferentes temperaturas. O experimento foi realizado seguindo um delineamento
inteiramente casualizado, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 6 x 3, sendo seis níveis
de salinidade promovidos pelo cloreto de sódio (NaCl): 0,0 (controle); 2,0; 4,0; 6,0; 8,0 e 10,0 dS m
-1; e
três temperaturas: 25 e 30°C constantes e alternada de 20-35°C. A qualidade fisiológica das sementes foi
avaliada pelas seguintes variáveis: germinação, primeira contagem e índice de velocidade de germinação,
comprimento e massa seca de raízes e do hipocótilo. Os resultados obtidos indicam que há elevada
probabilidade de germinação de sementes de
Cryptostegia madagascariensis submetidas a estresse salino
em temperatura constante de 30°C e alternada de 20-35°C, o que potencializa o seu caráter invasor.