O mercado de polpa celulósica branqueada tem trabalhado de modo a promover níveis de alvura com
valores de 92% ISO obedecendo, contudo, às normas ambientais e buscando processos menos agressivos.
Assim, o dióxido de cloro adicional que seria necessário para a elevação da alvura tem sido substituído
pelo peróxido de hidrogênio. No presente trabalho, objetivou-se avaliar a influência da variação da carga de
peróxido de hidrogênio, pressão e temperatura na sequência de branqueamento D
0(E+P)D
1(P+O). Para isto
foi utilizada polpa kraft industrial, proveniente de híbrido de
Eucalyptus urophylla
X Eucalyptus grandis
,
pré-deslignificada com oxigênio, cujas características inicias eram: alvura de 61,8% ISO, viscosidade de
36,9 cP e número kappa de 8,9. O último estágio (P+O) foi realizado variando-se a carga de peróxido de
hidrogênio (3 kg/t e 6 kg/t), a temperatura (95ºC e 105ºC) e a pressão (0 atm e 5 atm). Para avaliar o efeito de
tais variações nas propriedades da polpa celulósica realizaram-se os testes de viscosidade, alvura e reversão
de alvura de acordo com normas TAPPI. De modo geral, o aumento da carga de peróxido de hidrogênio
(de 3 para 6 kg/t) proporcionou um pequeno incremento nos valores de alvura e uma pequena redução da
viscosidade da polpa celulósica. O aumento de 10ºC na temperatura teve efeito positivo sobre o parâmetro
de alvura, com acréscimo dos respectivos valores, por outro lado, para a viscosidade, os valores encontrados
apresentaram tendência de redução. Para a variação de pressão de oxigênio observou-se também aumento
da alvura e diminuição da viscosidade.